terça-feira, 25 de agosto de 2009

Por favor, 100 g de limites...

Tem horas que as coisas fogem tanto do controle que a única coisa que a gente pode fazer é se aquietar e esperar que elas voltem pro seus lugares.
Eu mesma sou de cabeça pra baixo, mas odeio quando tudo fica de cabeça pra baixo. Gosto de ser só eu mesmo, a doida que incomoda e atrai a atenção das pessoas normais, pra ver as caras delas de ódio e de admiração cada vez que apronto mais uma (e egocêtrica é a sua mãe).
Só que agora nada está assim. As coisas estão mil vezes mais bagunçadas do que eu. Mil vezes mais do que meu quarto e o interior do meu carro. E eu sou a própria impotência que neste momento vos fala.
E tudo me incomoda tanto que já estou inclusive me movimentando pra, de alguma maneira, arrumar essa confusão terrível. Agora, olha que descabimento... Logo eu, que sofro até pra organizar meus pensamentos! Mas estou, sim... Limpando uma coisinha aqui, tapando um buraquinho ali, escondendo debaixo da cama as besteirinhas que ainda não consigo jogar fora, usando melindrosos sorrisos e palavras pra consertar os estragos que eu levianamente causei, e que agora já estão demais. É que só agora me dei conta que eu preciso lembrar-me dos limites... E eu extrapolei todos. Eu gostaria muito de ter mais medo de tudo... Assim eu não acabaria cometendo a quantidade de erros e excessos que cometo (redundantemente) todos os dias.
E nem era pra ser assim...
Porque eu sempre me acho muito governadora de mim. (E muito ousada, também, romântica e tolamente ousada). E sempre acho que tudo vai se resolver, que se não tiver saída a gente inventa, que se não tiver teoria, ou prática, tem sempre um sonho pra me ajudar a buscar as respostas que procuro.
Só que dessa vez não há. Injetou-se pra debaixo da terra tudo aquilo que sempre me fez acreditar nas portas e caminhos de emergência. E procuro as maneiras, tento inventar as saídas... E não há nem práticas nem teorias... Muito menos sonhos.
Sei que ainda posso causar as tais impressões que sempre causei... Mas agora não sei mais se ainda quero, de repente deixou de fazer sentido. Vai ver eu surtei de vez. Ou pior, virei adulta.
Nunca pensei que fosse precisar tanto dos conselhos que nunca ouvi quanto agora...
E daí que nessa bagunça medonha que tomou conta das coisas ao meu redor, eu tou sentindo falta, a maior do mundo, de ser aquela pessoa que eu jurei pra mim que nem morta seria.

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